Reeleito, o que espera Camilo no próximo governo


A vitória de Camilo Santana (PT) ainda no primeiro turno, com índice superior aos registrados por Cid Gomes (PDT) em 2006 e 2010, cacifa o petista como de fato uma liderança no Ceará. Em 2014, Camilo era um deputado estadual que ocupava cargo de confiança na gestão de Cid.

A escolha do ex-governador por um nome do PT acabou sendo resultado de uma estratégia para unir o grupo em torno de uma campanha difícil que seria contra o senador Eunício Oliveira (MDB).

Naquela oportunidade, o então secretário foi liderado por Cid e Ciro na disputa pela chefia do Palácio da Abolição. Desconhecido da maior parcela dos cearenses, Camilo teve dificuldades para vencer a eleição no segundo turno. Nos primeiros anos como governador precisou impor seu ritmo de trabalho e dar a sua cara ao governo. Com um estilo pacificador, Camilo conseguiu desarticular a oposição e ser reeleito em uma disputa muito tranquila.

Agora, passada a eleição, o governador vai precisar cumprir as promessas que levou durante a campanha, principalmente em relação à segurança pública. Com altos índices de homicídios na Capital e no Interior, o petista precisa fazer valer a confiança depositada pela esmagadora maioria dos cearenses.

Quando questionado pelos opositores, o governador prometeu resolver o problema dos altos índices de mortes violentas no Ceará com política de inteligência. Com articulação entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), conseguiu trazer para o Ceará o primeiro Centro de Inteligência de combate à criminalidade.

Eleito com uma aliança de 24 partidos, Camilo reafirmou que manterá a equipe técnica no primeiro escalão do governo. A distribuição de cargos entre todos os partidos aliados era uma das principais críticas das candidaturas opositoras. "É dessa forma que eu vou continuar governando, com aqueles que têm a capacidade de contribuir para o Ceará", respondeu em coletiva.

Além dos desafios na área da segurança e na equipe de governo, Camilo precisará colocar na mesa todo o seu talento pacificador para dialogar com o Governo Federal caso o eleito no final do mês seja Jair Bolsonaro (PSL), que disputará o segundo turno contra o petista Fernando Haddad. O deputado federal já afirmou em outras oportunidades que terá dificuldades no relacionamento com governos petistas caso ocupe a cadeira de presidente da República.

Em entrevista coletiva na noite de ontem, Camilo, que tinha palanque duplo no Ceará, adiantou que buscará a união de forças políticas para derrotar o deputado federal.

"Agora vamos construir esforços para nos unir contra a candidatura do Bolsonaro. Bolsonaro representa o que há de mais atrasado no País. O Brasil não pode retroceder. Precisamos acabar com essa divisão e com esse ódio", disse.
SENADO
Apesar da vitória da maioria dos aliados à Câmara dos Deputados, a derrota de Eunício deixa Camilo apenas com Cid Gomes (PDT) como aliado no Senado.

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